WALT WHITMAN
SONG OF MYSELF
52.
O gavião malhado vem sobre mim a acusar-me de falação
e preguiça.
Também não fui domado, também pouco fácil de traduzir,
solto o meu brado bárbaro sobre os telhados do mundo.
A última nuvem do dia se detém por minha causa,
e lança a minha imagem com as outras, tão real como as
outras nas regiões obscuras,
e me guia para o mistério e as trevas.
Vou embora igual ao ar, a agitar os cabelos brancos ao sol
derramo em redemoinhos a minha carne
e deixo-a flutuar nas ondas enfurecidas.
Eu me planto na lama para crescer, com a relva que eu amo,
quando me quiseres novamente, é só me procurarem sob
a sola de seus sapatos.
Dificilmente saberás que quem eu sou, o que quero dizer,
mas serei saúde para vocês
dando ao vosso sangue pureza e frescor.
Se não me encontrarem logo, paciência,
se eu não estiver num lugar, procurem-me outro,
em algum lugar, estarei à espera.
Tradz. by Leonardo de Magalhaens
Obs. Este é o poema ao qual se refere
a cena de “Dead Poets Society”,
“my barbaric yawp over the roofs of the world”…
52
The spotted hawk swoops by and accuses me,
he complains of my gab and my loitering.
he complains of my gab and my loitering.
I too am not a bit tamed, I too am untranslatable,
I sound my barbaric yawp over the roofs of the world.
The last scud of day holds back for me,
It flings my likeness after the rest and true as any
on the shadow'd wilds,
on the shadow'd wilds,
It coaxes me to the vapor and the dusk.
I depart as air, I shake my white locks at the runaway sun,
I effuse my flesh in eddies, and drift it in lacy jags.
I bequeath myself to the dirt to grow from the grass I love,
If you want me again look for me under your boot-soles.
You will hardly know who I am or what I mean,
But I shall be good health to you nevertheless,
And filter and fibre your blood.
Failing to fetch me at first keep encouraged,
Missing me one place search another,
I stop somewhere waiting for you.
LdeM
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