BABILAK
BAH
in:
VOOMIRAGEM
/ 2003
SEM NENHUM GLAMOUR
Atravessei.
VáriosNaufrágiosDalamaCrieiMeu
Saber
MuitosDeMim
JáTombaramDianteDasBatalhas
Outros
SepultadosSemNenhumGlamour
NaGloriosa
NegligênciaAbsoluta!
AquiNaAuroraDeHoje!Consumido
PeloOlhoDaPedra
PedrasQueAtravessaram
o
CaminhoDeDrummond
Alimentando
o
VenenoDoEscorpiãoOperante
o
Crepúsculo
DosHolofotesColhoNoHorizonte
DasIlusões
o
RestoDeOntem...
Os
FragmentosDeMim
Escorpiões
SempreMePicaramComLouvor.
RenasçoEmOutroNorte
a
Morte
é
a
ArteQueMaisMeRecriou
MorriEmMimMesmoVáriasVezes
NoVersoDoSubmundoDasVísceras
EjaculadoEmPoeiraEAço
...
Soberba
do bronze
Subúrbio
ácido
Choro
do ferro
Sepultado
em ferrugem
Catástrofe
da voz
Corpo
demolido
Escombros
em silêncio
Conflito
das foices
Na
guerra dos gansos
Tropeço
da fala
Solidão
do fígado
Sentimento
retorcido
Agressão
do olho
Evangelho
da língua
Dicionário
da selva
Pássaro
de aço açoita o arranha-céu
Gula
do asfalto
…
O
voo cego, a flecha mira o alvo
A
cegueira é vã, o voo, o alvo, a flecha pagã
Apaga
o cego, flecha o alvo, o voo atinge a cegueira
O
voo cego, a cegueira da flecha sem alvo
Sem
flecha, o cego atinge a cegueira
A
cegueira não atinge o cego, flecha sem voo
Sem
flecha, o voo atinge o alvo cego
A
cegueira bem no alvo, apaga o voo cego
A
flecha atinge o cego, livra-o da cegueira
O
voo no alvo
…
Poeta
É
pedra dura
Tanto
bate que perdura
Babilak
Bah – poeta & músico. BH/MG. Obra: VooMiragem
/ 2003
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