sobre A Volta ao Mundo em 80 dias
(Le tour du monde en quatre-vingts jours, 1873)
de Jules Verne (FRA, 1828-1905)
A Literatura enquanto Narrativa de Aventuras
parte 3
Uma imagem clara do Imperialismo, a colonização da
África e da Ásia e o desenvolvimento de invenções que
agilizaram as viagens (navios a vapor, locomotivas, balões,
etc) é o Império Britânico que dá a volta ao mundo: Suez,
Bombaim, Calcutá, Cingapura (Singapore), Hong Kong,
a imensa América do Norte (EUA e Canadá) com cultura
inglesa e 'democracia parlamentar'.
Os súditos da Rainha Vitória (“God save the Queen!”)
vislumbravam o controle do mundo, quando controlariam
(através de seus exércitos e homens de negócios) as
matérias-primas básicas para manter o ritmo da industria-
lização, enquanto disseminavam a civilização cristã (e
tecnocrata) por todo o globo 'incivilizado'. Assim, qualquer
narrativa de aventura do século 19 não pode ignorar este
expansionismo imperialista britânico (diante do qual os
alemães e italianos chegaram tarde, e acabaram provocando
as grandes guerras mundiais do século 20)
Não se esquecer que é um autor francês, Jules Verne, a
escrever sobre o poderio britânico (que derrotou os franceses
em 1815, na Batalha de Waterloo), a exaltar o 'gênio
colonizador' dos britânicos, aqui personificado num fleumático
cavalheiro inglês, figura excêntrica por ser demais 'típica',
e que tem como serviçal um ousado e extrovertido francês,
Passepartout. O 'caráter francês' em vivo contraste com o
'tipo inglês'. Assim os contrapontos: a fleuma de Fogg e a
exaltação de Passepartout.
Ambos unidos numa aventura no tempo (limitado: 80 dias)
e contra o tempo (se passar de 80 dias, Fogg perde a
aposta e cai na miséria!), seguindo as 'regras da matemática',
onde segundos perdidos aqui podem levar aos dias perdidos
numa futura 'conexão' – o 'efeito borboleta' não é somente
metáfora ou retórica! Precisam controlar horários de chegada
e partida, o movimento das marés, a direção dos ventos,
a carga de carvão, o estado das ferrovias, a hostilidade
dos indianos e/ou dos pele-vermelhas. E além disso, lidar
com as suspeitas de um certo Sr. Fix, inspetor de polícia.
('Fix' de 'ideia fixa', mesmo. Assim como 'fogg' de 'nebuloso'.)
Interessante este triângulo: o fleumático Fogg, o empolgado
Passepartout e o obcecado Fix, todos arrastados ao redor
do globo por uma aposta fantástica. Alcançar as conexões
e enfrentar as intempéries, e, como se não bastasse, ainda
aguentar as artimanhas do inspector, que teima em atrasar
o 'cavalheiro-miliante' (assim poderá receber a ordem de
prisão, vinda de Londres), ainda que Passepartout pense
que Fix não passa de um 'agente' dos cavalheiros do Reform
Club, dispostos a 'jogar sujo' para ganharem a aposta.
Mais interessante é comparar as obsessões: a obsessão 'fria'
de Fogg e a obsessão 'legalista' de Fix. Aqui, a obsessão de
Fix para prender Fogg é a mesma do Inspetor Javert para
prender Jean Valjean (aquele que roubou um pão, foi para
as galés, fugiu, tenta se regenerar, em “Les Misérables”, de
Victor Hugo), como a imagem do agente da lei que não
tolera deslizes, e que todo criminoso merece sentir o 'peso
da lei'.
Tudo isso porque o detetive Fix compara a descrição do
'cavalheiro' que roubou 55 mil libras do Banco da Inglaterra
com a descrições do excêntrico Phileas Fogg, e sua ousada
aposta de 'dar a volta ao mundo em oitenta dias', é
incentivado pela recompensa de duas mil libras, e assim tenta
atrasar a viagem de Fogg, e, com o mandado de prisão, deter
o 'assaltante'. Mas a recompensa apenas reforça o 'sentimento
de dever'. “cumprir o meu dever” ou “dura lex sed lex” (a lei
é dura, mas é a lei) se justificam no comportamento de ambos
os deteteives, Fix e Javert.
E realmente o serviçal Passpartout (e também o Leitor) não
sabe de onde vem a fortuna do digno e pontual Fogg, e quase
chega a hesitar (o leitor também pensa: 'será que Fogg é
mesmo o ladrão?') Afinal, o que sabemos sobre Mister Fogg?
Sabemos que ele é membro do Reform Club (“Phileas Fogg
était membre du Reform-Club, e voilà tout.”) Sabemos que
ele é pontual no Clube, cumpre os compromissos, “seus
cheques sempre são pagos” e “sua conta sempre tem crédito”.
Enfim, não sabemos quem Fogg É, sabemos o que Fogg TEM.
Ele é rico e pronto. Mas como tornou-se rico?
Possivelmente, ganhou no jogo. Pois o Sr. Fogg é dedicado
jogador de uíste (whist), e não perde a oportunidade para
uma aposta. Assim, ele aposta prontamente que pode
'matematicamente' dar a volta ao mundo nos tais 80 dias,
como informam os jornais. E aposta mesmo as 20 mil libras.
Assim, o drama está montado: conseguirá Fogg ganhar a
aposta? Conseguirá 'saltar matematicamente' dos navios
para os trens, dos trens para as carruagens, e alcançar todas
as conexões?
O romance se pretende realista, a descrever os fatos seguindo
as extensões geográficas, cartas marítimas, horários de trens,
conquistas tecnológicas (como um real precursor das
narrativas de 'ficção científica'), mas sem deixar o 'lado
aventureiro', o inusitado, o não previsto, quando o formalismo
de Fogg é quebrado e o lado inventivo aflora: ele recorre a
elefante, tem tempo para salvar uma jovem viúva de uma
cerimônia de suttee (sati), enfrenta tempestades, índios sioux,
queima toda a madeira de um navio em alto-mar, em lances
que saltam dos quadros de horários e planos de itinerários – é
quando a improvisação deixa um 'gosto de aventura' -
e se não fosse 'aventura', se ele não tivesse o bolso cheio
de libras, ou recorrido a elefante, barco alugado, trenó com
velas, etc, a viagem não teria se completado em menos de
94 dias (ou até 90, segundo outros cálculos)
Mas a aventura (e quando lemos o original, e não as
adaptações, torna-se evidente) é apenas uma 'isca' para a
apresentação das novidades tecnológicas, das improvisações
da mente humana, das superações diante dos desafios,
do poder da técnica e do dinheiro (leia-se: interesses
financeiros) para mover o mundo e integrar as nações. Onde
quer que chegue, basta o Sr. Fogg apresentar suas libras
esterlinas e é prontamente aceito, recebido, integrado,
cortejado, a representar a figura de um gentleman. (O poder
do dinheiro britânico no século 19 é o mesmo do dólar no
século 20 pós-grandes guerras.) O dinheiro que arrasta
emigrantes, que move contrabandos, que aluga e compras
meios de transporte, que abre canais de oceano a oceano
(exemplos: Suez e Panamá), que integra o comércio e o
serviços nos preâmbulos da 'globalização capitalista'.
Englobando tudo: as colônias tornam-se 'comunidade de
países', as ex-colônias tornam-se 'parceiros comerciais',
assim os anglo-saxões dão a volta ao mundo. Bombaim,
Singapore, Hong Kong, após conflitos com os nativos,
tornam-se entrepostos comerciais, portos estratégicos,
cidades-estados, territórios ocidentais no mundo oriental,
criadores de alta tecnologia e mobilizadores de mão-de-obra
qualificada. A Austrália (não visitada por Fogg), ex-colônia
penal, torna-se exportadora de minérios e de pecuária. Os
Estados Unidos tornam-se o grandes produtores de minérios,
agricultura, e também do 'ouro negro', o petróleo. (No século
20, a ex-colônia toma o lugar da metrópole, institui o 'padrão
dólar' e proclama-se 'o arsenal das democracias'.) E o caráter
norte-americano (ousado e impetuoso, até demais para um
cavalheiro britânico) é esta nova forja de um mundo de
produção e consumo, de exploração dos recursos naturais
até os limites (“Às vezes o Sr. age como um ianque”, elogia
um norte-americano, quando Fogg mostra o seu lado
audacioso de apostador obcecado, investindo tudo rumo aos
objetivos. “Queremos resultados”, diria um homem de
negócios, um bussinessman, um administrador de ferrovias
e navios à vapor)
Assim, a aventura de Mister Phileas Fogg é a corrida do
homem capitalista contra o tempo, do apostador de fortunas
contra as tabelas de horários, do financista contra as taxas
de juros, do investidor contra as ameaças de falências
(seja naufrágio, descarrilhamento, ataque de selvagens, etc),
e tudo para o 'progresso da civilização' (levando a fé e a
técnica, e, claro, recebendo as matérias-primas). O Imperialismo
em si-mesmo é uma grande aventura: a epopeia burguesa.
A busca do Santo Graal é comédia perto da busca das
matérias-primas. A saga dos navegantes vikings é fábula
perto da navegação dos navios à vapor transatlânticos! O
emocionante está justamente quando a 'ordem burguesa'
sofre um atraso, um desgoverno, em arrepios e calafrios
de 'incontrolabilidade': reside aí o que se denomina
'viver uma aventura'.
Dez/09
Leonardo de Magalhaens
http://leoliteratura.zip.net/
mais info em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_tour_du_monde_en_quatre-vingts_jours
a obra
(em português) http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=3527
(em français) http://www.ebooksgratuits.com/ebooks.php?auteur=Verne_Jules
(Le tour du monde en quatre-vingts jours, 1873)
de Jules Verne (FRA, 1828-1905)
A Literatura enquanto Narrativa de Aventuras
parte 3
Uma imagem clara do Imperialismo, a colonização da
África e da Ásia e o desenvolvimento de invenções que
agilizaram as viagens (navios a vapor, locomotivas, balões,
etc) é o Império Britânico que dá a volta ao mundo: Suez,
Bombaim, Calcutá, Cingapura (Singapore), Hong Kong,
a imensa América do Norte (EUA e Canadá) com cultura
inglesa e 'democracia parlamentar'.
Os súditos da Rainha Vitória (“God save the Queen!”)
vislumbravam o controle do mundo, quando controlariam
(através de seus exércitos e homens de negócios) as
matérias-primas básicas para manter o ritmo da industria-
lização, enquanto disseminavam a civilização cristã (e
tecnocrata) por todo o globo 'incivilizado'. Assim, qualquer
narrativa de aventura do século 19 não pode ignorar este
expansionismo imperialista britânico (diante do qual os
alemães e italianos chegaram tarde, e acabaram provocando
as grandes guerras mundiais do século 20)
Não se esquecer que é um autor francês, Jules Verne, a
escrever sobre o poderio britânico (que derrotou os franceses
em 1815, na Batalha de Waterloo), a exaltar o 'gênio
colonizador' dos britânicos, aqui personificado num fleumático
cavalheiro inglês, figura excêntrica por ser demais 'típica',
e que tem como serviçal um ousado e extrovertido francês,
Passepartout. O 'caráter francês' em vivo contraste com o
'tipo inglês'. Assim os contrapontos: a fleuma de Fogg e a
exaltação de Passepartout.
Ambos unidos numa aventura no tempo (limitado: 80 dias)
e contra o tempo (se passar de 80 dias, Fogg perde a
aposta e cai na miséria!), seguindo as 'regras da matemática',
onde segundos perdidos aqui podem levar aos dias perdidos
numa futura 'conexão' – o 'efeito borboleta' não é somente
metáfora ou retórica! Precisam controlar horários de chegada
e partida, o movimento das marés, a direção dos ventos,
a carga de carvão, o estado das ferrovias, a hostilidade
dos indianos e/ou dos pele-vermelhas. E além disso, lidar
com as suspeitas de um certo Sr. Fix, inspetor de polícia.
('Fix' de 'ideia fixa', mesmo. Assim como 'fogg' de 'nebuloso'.)
Interessante este triângulo: o fleumático Fogg, o empolgado
Passepartout e o obcecado Fix, todos arrastados ao redor
do globo por uma aposta fantástica. Alcançar as conexões
e enfrentar as intempéries, e, como se não bastasse, ainda
aguentar as artimanhas do inspector, que teima em atrasar
o 'cavalheiro-miliante' (assim poderá receber a ordem de
prisão, vinda de Londres), ainda que Passepartout pense
que Fix não passa de um 'agente' dos cavalheiros do Reform
Club, dispostos a 'jogar sujo' para ganharem a aposta.
Mais interessante é comparar as obsessões: a obsessão 'fria'
de Fogg e a obsessão 'legalista' de Fix. Aqui, a obsessão de
Fix para prender Fogg é a mesma do Inspetor Javert para
prender Jean Valjean (aquele que roubou um pão, foi para
as galés, fugiu, tenta se regenerar, em “Les Misérables”, de
Victor Hugo), como a imagem do agente da lei que não
tolera deslizes, e que todo criminoso merece sentir o 'peso
da lei'.
Tudo isso porque o detetive Fix compara a descrição do
'cavalheiro' que roubou 55 mil libras do Banco da Inglaterra
com a descrições do excêntrico Phileas Fogg, e sua ousada
aposta de 'dar a volta ao mundo em oitenta dias', é
incentivado pela recompensa de duas mil libras, e assim tenta
atrasar a viagem de Fogg, e, com o mandado de prisão, deter
o 'assaltante'. Mas a recompensa apenas reforça o 'sentimento
de dever'. “cumprir o meu dever” ou “dura lex sed lex” (a lei
é dura, mas é a lei) se justificam no comportamento de ambos
os deteteives, Fix e Javert.
E realmente o serviçal Passpartout (e também o Leitor) não
sabe de onde vem a fortuna do digno e pontual Fogg, e quase
chega a hesitar (o leitor também pensa: 'será que Fogg é
mesmo o ladrão?') Afinal, o que sabemos sobre Mister Fogg?
Sabemos que ele é membro do Reform Club (“Phileas Fogg
était membre du Reform-Club, e voilà tout.”) Sabemos que
ele é pontual no Clube, cumpre os compromissos, “seus
cheques sempre são pagos” e “sua conta sempre tem crédito”.
Enfim, não sabemos quem Fogg É, sabemos o que Fogg TEM.
Ele é rico e pronto. Mas como tornou-se rico?
Possivelmente, ganhou no jogo. Pois o Sr. Fogg é dedicado
jogador de uíste (whist), e não perde a oportunidade para
uma aposta. Assim, ele aposta prontamente que pode
'matematicamente' dar a volta ao mundo nos tais 80 dias,
como informam os jornais. E aposta mesmo as 20 mil libras.
Assim, o drama está montado: conseguirá Fogg ganhar a
aposta? Conseguirá 'saltar matematicamente' dos navios
para os trens, dos trens para as carruagens, e alcançar todas
as conexões?
O romance se pretende realista, a descrever os fatos seguindo
as extensões geográficas, cartas marítimas, horários de trens,
conquistas tecnológicas (como um real precursor das
narrativas de 'ficção científica'), mas sem deixar o 'lado
aventureiro', o inusitado, o não previsto, quando o formalismo
de Fogg é quebrado e o lado inventivo aflora: ele recorre a
elefante, tem tempo para salvar uma jovem viúva de uma
cerimônia de suttee (sati), enfrenta tempestades, índios sioux,
queima toda a madeira de um navio em alto-mar, em lances
que saltam dos quadros de horários e planos de itinerários – é
quando a improvisação deixa um 'gosto de aventura' -
e se não fosse 'aventura', se ele não tivesse o bolso cheio
de libras, ou recorrido a elefante, barco alugado, trenó com
velas, etc, a viagem não teria se completado em menos de
94 dias (ou até 90, segundo outros cálculos)
Mas a aventura (e quando lemos o original, e não as
adaptações, torna-se evidente) é apenas uma 'isca' para a
apresentação das novidades tecnológicas, das improvisações
da mente humana, das superações diante dos desafios,
do poder da técnica e do dinheiro (leia-se: interesses
financeiros) para mover o mundo e integrar as nações. Onde
quer que chegue, basta o Sr. Fogg apresentar suas libras
esterlinas e é prontamente aceito, recebido, integrado,
cortejado, a representar a figura de um gentleman. (O poder
do dinheiro britânico no século 19 é o mesmo do dólar no
século 20 pós-grandes guerras.) O dinheiro que arrasta
emigrantes, que move contrabandos, que aluga e compras
meios de transporte, que abre canais de oceano a oceano
(exemplos: Suez e Panamá), que integra o comércio e o
serviços nos preâmbulos da 'globalização capitalista'.
Englobando tudo: as colônias tornam-se 'comunidade de
países', as ex-colônias tornam-se 'parceiros comerciais',
assim os anglo-saxões dão a volta ao mundo. Bombaim,
Singapore, Hong Kong, após conflitos com os nativos,
tornam-se entrepostos comerciais, portos estratégicos,
cidades-estados, territórios ocidentais no mundo oriental,
criadores de alta tecnologia e mobilizadores de mão-de-obra
qualificada. A Austrália (não visitada por Fogg), ex-colônia
penal, torna-se exportadora de minérios e de pecuária. Os
Estados Unidos tornam-se o grandes produtores de minérios,
agricultura, e também do 'ouro negro', o petróleo. (No século
20, a ex-colônia toma o lugar da metrópole, institui o 'padrão
dólar' e proclama-se 'o arsenal das democracias'.) E o caráter
norte-americano (ousado e impetuoso, até demais para um
cavalheiro britânico) é esta nova forja de um mundo de
produção e consumo, de exploração dos recursos naturais
até os limites (“Às vezes o Sr. age como um ianque”, elogia
um norte-americano, quando Fogg mostra o seu lado
audacioso de apostador obcecado, investindo tudo rumo aos
objetivos. “Queremos resultados”, diria um homem de
negócios, um bussinessman, um administrador de ferrovias
e navios à vapor)
Assim, a aventura de Mister Phileas Fogg é a corrida do
homem capitalista contra o tempo, do apostador de fortunas
contra as tabelas de horários, do financista contra as taxas
de juros, do investidor contra as ameaças de falências
(seja naufrágio, descarrilhamento, ataque de selvagens, etc),
e tudo para o 'progresso da civilização' (levando a fé e a
técnica, e, claro, recebendo as matérias-primas). O Imperialismo
em si-mesmo é uma grande aventura: a epopeia burguesa.
A busca do Santo Graal é comédia perto da busca das
matérias-primas. A saga dos navegantes vikings é fábula
perto da navegação dos navios à vapor transatlânticos! O
emocionante está justamente quando a 'ordem burguesa'
sofre um atraso, um desgoverno, em arrepios e calafrios
de 'incontrolabilidade': reside aí o que se denomina
'viver uma aventura'.
Dez/09
Leonardo de Magalhaens
http://leoliteratura.zip.net/
mais info em
http://pt.wikipedia.org/wiki/Le_tour_du_monde_en_quatre-vingts_jours
a obra
(em português) http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/DetalheObraForm.do?select_action=&co_obra=3527
(em français) http://www.ebooksgratuits.com/ebooks.php?auteur=Verne_Jules