quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012

sobre Tudo de Eu que há em Mim - de Guto Amaral



Sobre “Tudo de Eu que há em Mim” (Anome Livros, 2011)

do poeta Guto Amaral



Preservando o Eu diante dos Outros



Intro (basicamente um panorama)



A ideia de época, de 'estilo de época', de geração de autores (vide geração expressionista, 'geração perdida', geração modernista, geração de 45, geração beatnik, geração Oulipo, a nouvelle vague, o noveau roman, etc) pressupõe primeiramente um tempo, uma cronologia, um recorte temporal, limitado, onde se encaixam alguns autores por afinidades ou interesses ou estilos comuns ou assemelhados. Em segundo lugar, que estes autores tenham algum contato, algum diálogo interno, até se possível um manifesto.


Também que a geração não só esteja na época, como seja uma marca, um corte, a criar um 'antes e depois de', ou seja, antes e depois dos modernistas, antes e depois dos surrealistas, etc. Afinal, não se pode apenas escolher autores e agregá-los apenas por que viveram na mesma época. Não basta. Algo mais devia, portanto, reuni-los num conjunto. Escolhia-se algo em comum, que fosse um estilo, um interesse, uma editora, uma vizinhança, um grupo de amigos, uma facção política (ou apolítica), uma cena cultural de eventos e/ou oficinas, etc, que pudesse facilitar o 'fechamento' do conjunto, e a criação do rótulo ('olhe aí os expressionistas', 'viram os surrealistas?').


Mas como falar em geração numa época como a nossa? Época em que cada um é sua própria escola e e estilo de época! Em que os artistas não aceitam vanguardas e não aderem aos movimentos coletivos de criação em comum. Quando aderem aos grupos e grupelhos é apenas por autopromoção. Não criação coletiva, cada um cuidando do próprio umbigo, centro do mundo.


Se é que podemos falar em 'nossa geração', tanto no sentido de época quanto grupo de pessoas, no caso, os criadores, os autores, para designar um momento pós-Queda do Muro de Berlim, isto é, os anos 1990, vamos, no entanto, usar tal expressão aqui, por simplificação, para falar daquele jovens autores (entre os quais eu, LdeM, me incluo) que viveram suas juventudes na referida época.


Depois da Queda do Muro tivemos a 'Era dos Extremos', o 'Fim da História', Trainspotting, Fight Club / Clube da Luta, o brit-pop, o grunge rock, Matrix e seus efeitos especiais; tivemos mais dois romances de Umberto Eco, a ascensão e a queda do pop cult, séries norte-americanas com vampiros e novelas brasileiras com mutantes, além de reality shows banais e infindáveis. Tivemos até um atentado megalomaníaco divulgado ao vivo em escala global, o 11 de setembro de 2001, com a imagens das torres do WTC em Nova York quando desabavam em grotescas nuvens de fumaça e detritos.


Nossa geração, digamos, vivenciou tudo isso, e tentou digerir tudo isso. É muita coisa. Basta acessar um site de buscas, uma enciclopédia cooperativa, uma rede social que a informação jorra na tela, inunda nossas vidas. Não temos um pendrive implantado no cérebro para guardar tanta informação. Estamos, assim, nauseados. Não de tédio, ou 'vazio da época', mas por excesso e mais excessos.


Imersos em dados e cifras, em estatística, nós, desta geração pós-1990, estamos sobrevivendo em busca de um sentido, de uma crença, uma vez que as ideologias foram por água abaixo, uma pior que a outra. Estamos órfãos de grandes líderes e gurus, e o artista pop da vez já serve para ser o novo ídolo … pelo menos por um ano e meio. Assim, não temos por costume por partido, ou agir coletivamente, mas sempre pensando no 'quanto eu lucro com isso?' a cada hesitação diante de uma decisão.


Mas este prólogo nada pretende responder. Talvez a enciclopédia cooperativa tenha alguma resposta. Trata-se apenas de um preâmbulo para tentar entender a obra do poeta Guto Amaral autor do recém-lançado “Tudo de Eu que há em Mim” no contexto pós-1990 ao problematizar a condição do autor e da posição política do mesmo (pois até não ter posição política é uma posição política, não precisa ser 'marxista' para saber disso...) se faz literatura ou panfleto (antes os autores sabiam fazer literatura panfletária, não?) num mundo pós-Utopias, onde o capitalismo parece ter mesmo vencido.



Tudo de Eu que há em Mim



São possíveis vários ângulos e recortes para lermos esta coletânea de poemas (a incluir um conto) que destila uma auto-ironia muita mais que metalinguística. O poeta tem sérias hesitações em se aceitar como poeta quando não ataca os “doutos senhores donos da verdade” (será aqui os críticos? Os editores? Os veículos midiáticos?) que são obstáculos no caminho de sua própria aceitação. Ele precisa se aceitar diante dos outros?


Temos aqui poemas que beiram o ensimesmamento e poemas que problematizam o estar-no-mundo (aliás, uma oscilação que percebemos em vários poetas no contexto [pós]moderno) como se o autor/poeta vive em cissão – vive e observa-se vivendo. É algo e se julga outra. Ou espera que o Outro dê uma identidade (sou autor/poeta a partir do momento em que os outros me julgam autor/poeta? Ou sou eu mesmo que digo 'sou autor/poeta'?)


Esta oscilação subsiste em vários escritores da nossa geração, mas no eu-lírico presente nos poemas de Guto Amaral o fenômeno está mais explícito. O eu-lírico se vê no espelho, se mira, se explica, se justifica, em confessar, em esforço de legitimação enquanto tal, como se prestando contas a alguém – ou a ele mesmo. É um grande conflito que provoca a cissão – e que aceitaremos apenas para fins didáticos. Afinal, somos Um e somos Vários.



Alguns poemas do Eu ou da vida, a tematizar a trajetória de artista. Assim o sentimento de solidão explicitado em “The End” (p. 19), “Perdi meu dom / Perdi meu calor / Não creio no homem, na burocracia / Não creio no bom, nem no labor / Não creio no tempo, nem no desabafo. / Só creio no frio, que geme em meus pés / Só ele me toca, só ele me agride / Só ele me lembra de tempos melhores / só ele doutrina, educa e conforma / Só creio no frio / Só ele estará sempre lá.


Numa solidão onde nem a literatura é abrigo seguro “Mas o mundo me dói / O noticiário me aniquila / A novela das oito me corrói / E tudo que construí / À Borges, Neruda e Kafka / Cai por terra e me leva junto” (p. 21)Esta relação evidente pois há a consciência de um talento inato, um 'nascer artista', que é preciso aceitar-se enquanto artista,


Nasci artista

Nunca me perguntei porque

a desgraça se abateu

assim sobre mim

Aceitei meu fardo

E o carrego conformado


(p. 22)


É uma certa visão pessimista, esta de precisar 'resignar-se', mas quando se evidencia o embate entre a consciência do eu e o olhar do outro, a consciência que é uma espécie de fantasma que assusta o poeta nas noites de insônia, “Fecho-me completamente / Mas todos os cantos me observam / E todos os pensamentos conservam / Paranoia, simplesmente” (p. 54)


É uma consciência do eu-poeta que transparece nestes poemas com dosagens de metalinguagem onde ao falar sobre o artista-maldito, numa modéstia ou auto-depreciação, o eu-lírico está abordando a criação maldita, o próprio ato de escrever, como uma afirmação de “a literatura estragou tuas melhores horas de prazer” como desabafou o eu-lírico de Drummond em “Elegia 1938”.


A literatura é vista não apenas enquanto simulacro, enquanto jogo e simulação, mas enquanto algo que desvia forças e ânimos, que deixa a perder o tempo para coisas mais úteis (ou consideradas mais úteis) enquanto o poeta deturpa a linguagem comum, em jogos líricos, como é narrado na mitologia reescrita, na fábulas às avessas, “Surgiu o poeta / Se infiltrando qual serpente venenosa / E se pôs a conjugar o verbo / E o fechou em um labirinto de mesóclises / E sujeitos ocultos” (em “Corrupção”, p. 10)


Mas pode ser que tudo não passe de um pretensão, ousadia para se expressar, para dizer que existe, “Escrever com vontade / De fazer existir / Por uma fração de segundo / Uma ideia pura / Um pensamento claro / Nascidos da vontade de querer dizer” (em “Pretensão”, p. 12) pois parece mesmo que o poeta pode existir a partir da escrita “escrever com vontade / De se fazer existir / E de ousar autorar”.


É frequente o símbolo da caneta, por extensão : a escrita. O objeto de escrita se materializa enquanto arma, enquanto lança, enquanto desafio e fatalidade, como instrumento de afirmação e auto-destruição. “Minha caneta correu qual rastro de cobra” (p. 22) ou em “Pseudo tragédia” (p. 37)



Olho para o papel amarelado

E me apanho segurando a caneta

Empunhando o gládio de minha vida

Olho para a caneta em minha mão

E o papel surge impotente em minha frente

Quanta dor, quanta morte terá minha caneta

causado


Vou pegar minha caneta

E cometer harakiri

Pra poder entrar no céu


Um perceber-se 'maldito' (ou será antes um refém do olhar do/s Outro/s que o julga/m assim?) que gera hesitações, e culpas por hesitar, precisando de um pouco de esquecimento, para que os excessos não sobrecarreguem - num excesso de exigências, leituras, intertextualidades... - num hesitar entre as escolhas, “O dom do esquecimento / A dádiva suprema / Que me permite / Continuar meu crescimento / Percorrendo hipervias da informação” (p. 63)


Mas parece que nem todas as escolhas foram feitas. Ou nem tudo eram escolhas (escolhemos nascer? Escolhemos nosso nome? Ou temos um destino traçado? ) “Sinto a dor da revolta / Das escolhas que não fiz / Da viagem imposta / Sem passagem de volta” (p. 64) pois o eu-lírico está sozinho quando é determinado e também quando precisa decidir, numa consciência de viver só mesmo quando acompanhado,


Sozinho parti e sozinho chego

Mas não me perguntem por onde andei

Juntando poemas que nunca escrevo

Formando um poeta que jamais serei


(p. 76)


Algum abrigo na escrita? O quanto o eu pode se expressar sem se trair/ “Buscar refúgio / Uma guarida que me proteja enquanto escrevo / que não permita que me vejam / Enquanto escancaro a minha alma” (p. 17)


Ou uma espécie de missão da qual o poeta não pode se evadir, mesmo com toda a auto-ironia, porém o poeta não pode calar / Não pode deixar de ouvir o gemer / Não pode fugir, deixar pro vizinho / Não pode viajar pra saturno e desligar a / secretária eletrônica ” (p. 13)


Além de olhar pra si mesmo o eu-lírico olha para o produto poético. Permite-se analisar os versos e a procurar uma validade, uma legitimidade para os mesmos. São, assim, os poemas sobre a própria poesia, se é um desabafo, uma reflexão, um jogo de palavras, na mesma problemática explicitada por Fernando Pessoa no provocativo “O poeta é um fingidor”,



A felicidade do homem

É a ruína do poeta

Sem dor não se escreve

O poeta inventa a angústia

Ou antes se angustia por a ter

O poeta, assim como o sambista,

Necessita da dor criadora


(p. 30)


e


Jogar com palavras

Jogar com ideias

Manter-se sincero

Mentindo descaradamente

Jogar por jogar

Pegar o universo

Jogá-lo pela janela.


(“Poesia”, p. 32)


Estando num contexto, seja criativo ou destrutivo, o poeta precisa encontrar-se numa forma de expressão, numa criação que ele reconheça, que tenha personalidade e originalidade. Mas é de se questionar : a verdadeira criação é possível? Parece que aqui o eu-lírico responde com negativa.



A verdadeiro criação é impossível

Grandes cópias foram, no entanto

Engendradas de modo crível

Para nosso sincero espanto


(p. 70)



Assim como não acredita em ideologias, o eu-lírico pós-1990 não acredita na originalidade. Tudo é pastiche de um pastiche, tudo é citação de uma citação. Pois: Tudo já foi escrito? Já foi dito? Ou é o 'modo de dizer' que será sempre original? Muitas questões entre Formalismo, Estruturalismo e New Criticism. E Bakhtin alimentaria a discussão, Calvino não hesitaria. Sabem que textos dialogam com textos, autores reverenciam (e copiam! ) autores.


Assim o autor enquanto leitor: as tantas referências a Carlos Drummond de Andrade, J. L. Borges, P. Neruda, F. Pessoa, F. Kafka, etc num diálogo intertextual, além das influências simbolistas de Baudelaire, Cruz e Sousa e do funesto Augusto de Anjos. Em alguns poemas o autor apenas reverbera as imagens e sonoridades de poemas já lidos, que integram seu tesouro de palavras, do seu panteão de literatos.



Entre os 'poemas do Eu e os 'poemas do Fazer-poesia', temos os poemas sobre política, o viver na cidade, em suma, as impressões sobre o mundo. É aquela oscilação que percebemos na nossa geração – mezzo dentro e mezzo fora – nem totalmente introvertida nem ativamente engajada. Um pequeno pouco a pouco. Nada de revoluções, melhor a paz de nossas celas acolchoadas.


No poema “Esquerda” (p. 15) a posição de não-posição é revelada. Ser político é não ser político! “a verdadeira militância / É estar não posicionado / Nem direita, nem esquerda” ou seja, um não-estar-engajado que marca nossa geração (as exceções apenas confirmam a regra) com os jovens nem solteiros nem casados, nem independentes nem compromissados, vivendo na casa de seus simpáticos e tolerantes papais e mamães.


É uma geração que desiste a luta coletiva e se preocupa com as próprias carreiras, ou em abrir um bazar na loja da esquina, ou um carrinho de hot-dog na praça... Da negação do eu e do não” soa como niilismo? Ou niilismo está fora de moda? Hoje o lance é lucrar e guarda dinheiro no banco para não ter que precisar da 'caixinha pública' quando se aposentar...


Uma visão de política que se resume a discursos e promessas, nunca soluções. Aceitação da decadência social ou que cada um cuide do próprio jardim? O que podemos ler em “Panfletária” (p. 16), “Pensei em fazer um discurso / Compor qualquer coisa / Que nos guie à verdadeira revolução”.


Seremos livres e enfim / A revolução acontecerá” é retórica? Auto-engano? Idealismo? Esperança na revolução de baixo-para-cima? Pois o poeta reconhece apequenez egocêntrica” do indivíduo na multidão. A luta só pode ser coletiva... Um pequeno grupo de guerrilheiros não fará a revolução. Um partido organizado, centralizado, autoritário não fará a revolução.


Não creio no homem, na burocracia” é o que já vimos no poema The End (p. 19), mas não há como fugir. O poeta é chamado para a vida coletiva, para testemunhar o que vê e sente, é sua árdua missão. Pode ser sem dramas – ou regurgitar dramaticidade. Aqui ele escolhe. Não só de vida interior vive o homem, o artista, mas também do serviço social, da coleta de lixo, do controle do trânsito, da segurança pública. É no meio da vida urbana que o eu-lírico se percebe, mais um no meio de tantos,


Cidade

Engrenagens que se cruzam

Sem se olhar nos olhos

Perver-cidade

Aglutinação de significantes

Repetição de insignificantes



(“Cidade”, p. 27)

e


De que adianta

Viver nesta sociedade

nesta triste realidade

Onde o tempo é eterno

E o tempo é o inferno


(“De que adianta”, p. 50)


O poeta precisa deixar o ensimesmamento, oscilar pra fora de si mesmo, para ver o drama lá fora, nas vítimas da chuva, das calamidades, dos descasos das autoridades (muito bem pagas para nada fazerem...), assim em “Chove” (p. 69) a ser uma denúncia, em versos, da irresponsabilidade dos cidadãos e dos descasos das políticas sociais. “E a dor que escorre dos morros / Se mistura ao concreto, ao asfalto / Na lama dos sonhos quebrados / No sonho de vidas rompidas”. Construção lírica para um mundo não-escrito em desconstrução.


Saindo de si, o poeta vê o mundo e pode ousar narrativas, falar de outras vidas, outros rumos, outros destinos que se cruzam, num labirinto textual borgiano, num jardim de possibilidades em florescências. O autor pode tentar um prosa, abrir mão dos versos. (Muitos poetas medianos têm se mostrado bons contistas, lembro que já dissemos isso...)


Prosa ou prosa poética, eis o conto “Chuva” (pp. 81-103) a fechar a obra “Tudo de Eu que há em Mim” com uma narrativa entre verossímil e surreal. Não é fantasia, mas também não é do estilo 'a vida como ela é'. Longe de comparar com Kafka ou Borges, mas há toda uma influência aqui (o scholar Harold Bloom que o diga...).


É que acompanhamos as vicissitudes de um tal Durval Ordini (metódico e ordeiro , também com um nome destes! Ordini, ordem... assim no nome do protagonista uma pista do que ele é...) numa espécie de pesadelo digno de realismo-mágico, que agradaria muito aos contistas Murilo Rubião e José J. Veiga.


A mãe do protagonista, a Dona Durvalina Ordini, é aquele tipo de mãe super-maternal, dominadora, possessiva, que abafa o filho com exigências. E é tamanha a fixação na mãe que Durval que logo fica explícito quando a jovem esposa usa as roupas da mãe.


Mas o que faz o neurótico Durval ? Um trabalho rotineiro numa empresa, da qual nunca se afastou em férias. E quando ele pode viajar – pois o estresse já transpira – ele se refugia num sítio, onde brotam imagens do passado, ao reviver lembranças da infância... As obsessões do protagonista aumentam junto com a chuva constante a cair, num pesadelo aquoso no qual ele se afoga.


Não vamos aqui realizar a desconstrução do conto, nem desmembrar as sombras do estilo. A fábula é bem narrada, e talvez um pouco mais de 'psicologismo' tornasse o protagonista mais interessante. Talvez seja intencional um protagonista tão pouco palpável, imaginável. Ele é um ser de papel que representa um ser que não viveu plenamente a vida e busca o 'tempo perdido'. A vida passou e ele não aproveitou – ficou assim preso no tempo. É uma interpretação, é a nossa leitura.


O protagonista não interessa em si mesmo, não sua personalidade (ou ausência de personalidade) mas enquanto símbolo de um viver-não-vivendo, numa vidinha ordeira e alienada. Certo dia o passado golpeia de volta – deseja-se novamente a infância para fazer tudo de novo, ou a adolescência para redescobrir o amor.


Aliás, o amor, um sentimento que é revelado nas entrelinhas de “ Tudo de Eu que há em Mim”, com sutilezas, com releituras de poetas de escrita apaixonada, como se percebe nos belos versos sinestésicos “Se cale só para poder ouvir / O perfume de teus cabelos.” (em “Noite dos Amantes”, p. 39) que podem indicar um outro caminho para o poeta Guto Amaral, não mais falar de si mesmo e/ou do mundo mesquinho, mas das relações de amor e desafeto que somente através da poesia podem ser criadas e recriadas, o que vale dizer: expressadas.




jan/fev/12




Leonardo de Magalhaens


http://leoliteraturaescrita.blogspot.com

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