sexta-feira, 1 de julho de 2011

Canção da Estrada Aberta (5/5) - W. Whitman









Canção da Estrada Aberta
Song of the Open Road


13.


Allons! Vamos! Para o que é sem-fim assim como era sem-início,
Para sofrer muito, andarilhos dos dias, descansos das noites,
Para fundir tudo na viagem eles têm tendência, e eles
tem tendência para fundir dias e noites,
Novamente para fundi-los no começo de jornadas superiores,
Para nada ver em algum lugar exceto o que você deve
alcançar e ultrapassar,
Para conceber nenhum tempo, por mais distante, mas
o que você deve alcançar e ultrapassar,
Para procurar seja em cima ou embaixo nenhuma estrada
exceto a que se estende e espera por você
por mais longa que seja, mas que se estende e espera por você,
Para ver nenhum ser, nem de Deus ou qualquer outro,
porém para você seguir também para lá,
Para ver nenhuma posse, mas você deve possuí-la [a estrada],
aproveitando tudo
sem trabalho ou aquisição, abstraindo a festa ainda não abstraindo
uma partícula dela,
Para ter o melhor da fazenda do fazendeiro e da villa elegante
do homem rico,
e as bençãos castas do casal bem-casado, e
as frutas de pomares e flores de jardins,
Para se utilizar das compactas cidades quando você as atravessa,
Para carregar edifícios e ruas com você depois para
onde você seguir,
Para ajuntar as mentes dos homens fora de seus cérebros
quando você os encontra,
Para ajuntar o amor fora de seus corações,
Para levar seus amados na estrada com você, para todos
que você deixa para trás,
Para conhecer o universo em si-mesmo tal uma estrada,
tal qual muitas estradas, assim estradas
para almas em viagem.
Todas as partes além para o progresso das almas,
Toda religião, todas as coisas sólidas, artes, governos -
tudo o que era ou é
aparente sobre este globo ou qualquer outro globo, cai dentro
de nichos e cantos
antes da procissão das almas ao longo da grande estrada
do universo.

Do progresso das almas de homens e mulheres ao longo
das grandes estradas do
universo, todo outro progresso é o necessário emblema e sustento.

Sempre vivos, sempre adiante,
Imponentes, solenes, tristes, retraídos, confusos, loucos, turbulentos,
frágeis, insatisfeitos,
Desesperados, orgulhosos, carinhosos, enfermos, aceitos pelos
homens, rejeitados pelos homens,
Eles seguem! Eles seguem! Sei que eles seguem, mas não sei
para onde eles seguem,
Mas sei que eles seguem rumo ao melhor – rumo a algo grande.

Quem quer que vocês sejam, venham adiante! Seja homem ou mulher,
venham!
Vocês não devem ficar dormindo ou flertando lá na casa,
apesar de
vocês terem-na construído, ou apesar de ela ter sido construída
para vocês,

Para fora do sombrio confinamento! Para fora de detrás do biombo!
É inútil protestar, eu sei tudo isso e venho revelar.

Observe através de você tão ruim quanto o resto,
Através da risada, dançando, jantando, ceando,
de pessoas,
Dentro de vestes e ornamentos, dentro daquelas faces lavadas
e enfeitadas,
Observe uma secreta e silente náusea e desespero.

Nenhum marido, nenhuma esposa, nenhum amigo/a, confiável
para ouvir a confissão,
Outro eu, uma duplicata de cada um, esgueirando-se e
ocultando-se segue,
Sem-forma e sem-palavras através das ruas das cidades,
polidos e brandos nas salas de visita,
Nos vagões das ferrovias, nos barcos-a-vapor, nas assembleias
públicas,
Lar para as casas de homens e mulheres, à mesa, no quarto,
em todo lugar,
Elegantemente trajado, fisionomia sorridente, forma altiva,
morte sob as costelas, inferno sob os crânios,
Debaixo dos trajes e luvas, debaixo das insígnias e das flores
artificiais,
Mantendo-se correto com os costumes, falando nenhuma sílaba
de si-mesma,
Falando de qualquer outra coisa mas nunca de si-mesma.



14.


Allons! Vamos! através de conflitos e guerras!
O objetivo que foi definido não pode ser revogado.

Têm os conflitos do passado se sucedido?
O que tem se sucedido? Você mesmo/a? Sua nação? A Natureza?
Agora entenda-me bem – isto é provido na essência
de coisas que
de alguma fruição de sucesso, não importa o que, deverá
chegar adiante
algo a fazer um maior conflito necessário.

Meu chamado é o chamado de batalha, eu alimento
rebelião ativa,
Ele que vai comigo deve ir bem armado,
Ele que vai comigo vai frequentemente com dieta frugal,
pobreza, inimigos irados,
deserções.



15.


Allons! Vamos! a estrada está diante de nós!
Ela está salva – tenho a experimentado – meu próprios pés
a experimentaram bem -
não chegue atrasado!
Deixe o papel ficar não-escrito sobre a mesa, e o livro não-aberto
na prateleira!
Deixe as ferramentas ficarem na oficina! Deixe o dinheiro
continuar não-acumulado!
Deixe a escola ficar lá! Não se importe com o grito do professor!
Deixe o pregador pregar no púlpito! Deixa o advogado a defender causa
na corte, e o juiz expor a lei.

Camarada, dou uma mãozinha a você!
Dou a você meu amor mais precioso que o dinheiro,
Dou a você eu mesmo antes de pregações ou leis;
Você me dará você mesmo/a? Você virá viajar comigo?
Deveremos nos juntar um ao outro enquanto nós vivermos?



Trad. livre: Leonardo de Magalhaens
http://leoliteraturaescrita.blogspot.com






Song of the Open Road


13



Allons! to that which is endless as it was beginningless,

To undergo much, tramps of days, rests of nights,

To merge all in the travel they tend to, and the days and nights

they tend to,

Again to merge them in the start of superior journeys,

To see nothing anywhere but what you may reach it and pass it,

To conceive no time, however distant, but what you may reach it and pass it,

To look up or down no road but it stretches and waits for you,

however long but it stretches and waits for you,

To see no being, not God's or any, but you also go thither,

To see no possession but you may possess it, enjoying all without

labor or purchase, abstracting the feast yet not abstracting one particle of it,

To take the best of the farmer's farm and the rich man's elegant

villa, and the chaste blessings of the well-married couple, and

the fruits of orchards and flowers of gardens,

To take to your use out of the compact cities as you pass through,

To carry buildings and streets with you afterward wherever you go,

To gather the minds of men out of their brains as you encounter them,

to gather the love out of their hearts,

To take your lovers on the road with you, for all that you leave them behind you,

To know the universe itself as a road, as many roads, as roads for traveling souls.



All parts away for the progress of souls,

All religion, all solid things, arts, governments--all that was or is

apparent upon this globe or any globe, falls into niches and corners

before the procession of souls along the grand roads of the universe.



Of the progress of the souls of men and women along the grand roads of

the universe, all other progress is the needed emblem and sustenance.



Forever alive, forever forward,

Stately, solemn, sad, withdrawn, baffled, mad, turbulent, feeble,

dissatisfied,

Desperate, proud, fond, sick, accepted by men, rejected by men,

They go! they go! I know that they go, but I know not where they go,

But I know that they go toward the best--toward something great.



Whoever you are, come forth! or man or woman come forth!

You must not stay sleeping and dallying there in the house, though

you built it, or though it has been built for you.



Out of the dark confinement! out from behind the screen!

It is useless to protest, I know all and expose it.


Behold through you as bad as the rest,

Through the laughter, dancing, dining, supping, of people,

Inside of dresses and ornaments, inside of those wash'd and trimm'd faces,

Behold a secret silent loathing and despair.



No husband, no wife, no friend, trusted to hear the confession,

Another self, a duplicate of every one, skulking and hiding it goes,

Formless and wordless through the streets of the cities, polite and bland in the parlors,

In the cars of railroads, in steamboats, in the public assembly,

Home to the houses of men and women, at the table, in the bedroom, everywhere,

Smartly attired, countenance smiling, form upright, death under the

breast-bones, hell under the skull-bones,

Under the broadcloth and gloves, under the ribbons and artificial flowers,

Keeping fair with the customs, speaking not a syllable of itself,

Speaking of any thing else but never of itself.



14



Allons! through struggles and wars!

The goal that was named cannot be countermanded.


Have the past struggles succeeded?

What has succeeded? yourself? your nation? Nature?

Now understand me well--it is provided in the essence of things that

from any fruition of success, no matter what, shall come forth

something to make a greater struggle necessary.


My call is the call of battle, I nourish active rebellion,

He going with me must go well arm'd,

He going with me goes often with spare diet, poverty, angry enemies, desertions.



15



Allons! the road is before us! It is safe--I have tried it--my own feet have tried it well--

be not detain'd!

Let the paper remain on the desk unwritten, and the book on the shelf unopen'd!

Let the tools remain in the workshop! let the money remain unearn'd!

Let the school stand! mind not the cry of the teacher!

Let the preacher preach in his pulpit! let the lawyer plead in the court,

and the judge expound the law.



Camerado, I give you my hand! I give you my love more precious than money,

I give you myself before preaching or law;

Will you give me yourself ? Will you come travel with me?

Shall we stick by each other as long as we live?



Walt Whitman




LdeM


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