domingo, 14 de fevereiro de 2010

sobre A LUNETA MÁGICA (J Manuel de Macedo)





Sobre “A Luneta Mágica” (1869)
de Joaquim Manuel de Macedo (1820-1882)

Além da Ciência do Bem e do Mal

parte 2 de Literatura enquanto Alegoria/Parábola

A Alegoria enquanto instrumento de 'desvelamento' (tirar
os véus) revelando os lados obscuros, os bastidores da
realidade. Apresenta, assim, a Aparência versus a essência.
Lembremos aqui da Alegoria de Voltaire (“Cândido, ou o
Otimismo
”) onde a contraposições eram o Otimismo e o
Pessimismo, diante de cada situação (muitas absurdas)
confrontada pelo ingênuo protagonista Cândido.

Outros contos de Voltaire abordam a questão do 'olhar'.
Exemplos: “O Carregador zarolho”, “Memnon ou a Sensatez
Humana
”, “O Ingênuo”, todos em forma alegórica, visando
a 'educação através do riso'. Destacamos apenas trechos
que nos conduzem diretamente à próxima obra a ser
comentada. Em “O Carregador zarolho” (Le Crocheteur
borgne
) encontramos um trecho interessantíssimo:
Nossos dois olhos não melhoram nosso destino. Um deles
deixa ver o bem, o outro, os males da vida. A maioria fecha
o primeiro, enquanto poucos fecham o segundo. Pois é, assim
muita gente até preferiria ser cega do que ver. Bem-aventurados
os zarolhos que são privados do olho mau que deforma tudo
o que vemos

Em outro conto (Memnon ou La Sagesse Humaine),
podemos ler “Um dia Memnon concebeu o projeto insensato
de ser de todo sensato. Loucura assim já passou pela cabeça
de muita gente
.” Seguindo tal projeto audacioso (tão despro-
positado quanto a missão de ser sempre sincero, verdadeiro,
honesto e franco...) o protagonista Memnon se envolve
numa briga, devido a dívidas de jogo, e perde um olho.
Passa a ser um zarolho que vê apenas pelo olho ruim, vê
somente as misérias da vida. Ao contrário de Mesrour, o
carregador zarolho, do outro conto. Memnon suspira:
Temo que nosso pequeno globo terrestre seja nada mais que
um dos hospícios do universo
” (qualquer semelhança com
O Alienista” será mera concidência?)

Já o jovem huron (povo rústico na França) em “L'Ingénu
(O Ingênuo) é um ser primativo, no sentido de não 'educado',
'civilizado', um camponês (igual Candide) que representa
aqui o 'bom selvagem' (imagem que Rousseau contrapõe
àquelas que mostram o ser humano primoridalmente mau)
pois sempre comete o 'deslize' de ser honesto sincero,
E o senhor, como se chama?”, perguntam ao protagonista,
que responde, “Chamaram-me sempre de Ingênuo, pois sempre
digo sinceramente o que penso e faço o que quero
.” Assim,
numa época de intolerância religiosa, marcada pelos
conflitos entre as várias convicções e seiras, o Ingênuo
vai se envolver em encrencas.

Como o olhar influencia o mundo observado? Nossas
emoções deformam a percepção do mundo? Levantar de
bom humor é essencial para um dia de sorte? Ser
pessimista ou otimismo depende tão-somente de uma
'visão do mundo'? Como não ser parcial nesta 'visão'? Como
viver além do Bem e do Mal? Em suma, é melhor ser cego
do que ver o mundo tal como este é?

Pois a obra “A Luneta Mágica” do brasileiro J M de Macedo,
é incrivelmente atual pela forma e pela força de sua Alegoria,
pois “quem vê cara não vê coração” e “o Diabo não é tão feio
como lhe pintam
”. As aparências e essências se contrastam,
o que parece bom é mau, e vice-versa. Há uma ambiguidade
de estética e ética, entre moral e prática social. O que alguém
diz ser – e o que ele é realmente.

As personagens são mais 'símbolos' do que exatamente
'representações fictícias de pessoas que poderiam ser reais'
(certamente li isto em Bakhtin), são caricaturas, são exageros,
são alegorias. A prima Anica é o 'egoísmo sublime', sendo a
mocinha casadoira que espera um marido mais rico do que
exatamente virtuoso. A tia Domingas é a 'hipócrita invejosa
e má', a religiosa que julga os outros igual ao famoso fariseu
da parábola cristã. E o irmão Américo é o 'ambicioso vulgar',
o político que diz lutar pelo 'bem-estar coletivo' mas interessado
apenas na 'ascensão social'.

Se a família já engana Simplício – o que esperar dos outros,
os estranhos? Pois abrigado no seio da família, o protagonista
está despreparado para a vida social, incapacitado por sua
miopia, que impede sua visão plena – a de que “Tudo tem um
lado bom e lado mau”. Tal qual a Alegoria de “O médico e o
monstro
”, Dr. Jekyll e Mr. Hyde (Stevenson), ou o profundo
e áspero verso de Augusto dos Anjos: “a mão que afaga é a
mesma que apedreja
”.

(A Visão do Mal )

O armênio tem razão: a visão do mal é um tormento; ver muito é um erro; ver demais e um castigo; a temperança é virtude que deve presidir e moderar os gozos de todos os sentidos do homem. (IV)

A miopia moral, a ignorância completa do mal, a inocência conservaram-me até esta manhã franco, simples, sem uma nuvem de suspeita na alma, sem desconfiança dos outros, e com o coração aberto, transparente aos olhos de todos. (VIII)

Ah! visão do mal que me estás levando a descrer da humanidade! tu me serás talvez fatal; mas eu te quero, e não te dispenso mais, porque tu és luz, embora sejas luz do inferno.
(X)

Pois a 'visão do Mal' causa a permanente desconfiança,

É ainda uma desilusão! é ainda um turvo desengano a arrastar-me à desconfiança e talvez em breve ao aborrecimento dos homens. (XI)

E desconfiança que leva ao ceticismo e à misantropia. Pois
os homens que se dizem os mais abnegados e justos são os
mais desonestos e ardilosos. E as mulheres? Vejamos...
Vaidade, inveja, necessidade de ser admirada, competição
com as outras, são provocadoras, falsas, ciumentas por rancor,
não por amor, são ressentidas, dadas ao luxo, ao capricho, etc.
Simplício não pode crer que todos são 'naturalmente' maus,
talvez tudo seja devido às circunstâncias, à uma má educação,
à ignorância. Vê uma mocinha mimada e caprichosa e tenta
explicar o motivo de tal caráter licencioso.

Coitadinha! era uma menina, que talvez tivesse nascido com excelentes disposições, branda, condescendente, alegre, assim o devo supor, pois não creio que alguém nasça mau e pervertido; mas os pais entusiasmados pela beleza da filha, quiseram fazer dela singular maravilha, e a esqueceram cinco anos em um famoso colégio, cuja diretora, antiga florista de Paris, mudara de vocação com os enjôos da viagem transatlântica, e chegada ao Rio de Janeiro, anunciou prodígios de instrução e educação de meninas. (XIV)

Mas é em vão - até na suposta Criação divina, o protagonista-
narrador pode ver o Mal! Até um belo e lépido colibri, “delicada
e gentil criatura
”, pode ser um monstro de gulodice e egoísmo,
a “devorar em cada dia dezenas de insetos inocentes, fracos e
incapazes de defender-se
”. (XVI) Ora, a Natureza mostra-se
'seleção natural' (lembrar que a “Teoria da Evolução” de
Charles Darwin, causa furor após a publicação de “A Origem
das Espécies
”, em 1859, portanto uma década antes de
A Luneta Mágica”)

Assim, Simplício finalmente desabafa:

Vi, encontrei somente o mal em tudo, e em toda a parte, nos seres orgânicos e nos inorgânicos, nas obras das ciências, e das artes, nos livros e nos monumentos.
Para escrever tudo quanto me mostrou a visão do mal me fora preciso encher com a pena molhada em fel muitos e volumosos livros, e atormentar a minha alma com o registro vivo das mais aflitivas observações
. (XVII)

Pois o jovem 'espirituoso' é debochado, sensualista, egoísta;
o jovem 'sério' é um pensador, um calculista, sem escrúpulos.
Todo discurso tem um 'interesse', um 'objetivo não revelado'
(XVIII). Assim, Tudo pois que eu via no mundo era maléfico,
pavoroso, medonho!
(XIX) e entrega-se ao julgamento moral de tudo (XX)

Para qualquer lado que me voltei, fitando a minha luneta, vi somente sob falsas aparências corações corrompidos pelos vícios, ou enegrecidos pelo crime.
Descri do advogado, do padre, do sábio, do artista, de todos e de tudo!
De repente, as pessoas ao redor começam a fugir do olhar da
luneta mágica, pois Fogem, disse rindo-me; fogem, porque lhes
doem as consciências e se reconhecem todos hipócritas e maus.
(XXIII)
E vem o ceticismo: Não creio em homem algum, em mulher alguma: sou a descrença viva, ceticismo animado. Desconfio de todos. (XXV)

A 'visão do Mal' realmente abala a sanidade de Simplício? Agora
que todos passam a declará-lo louco. Pois é a 'opinião pública que
declara a loucura alheia. Quem é sincero, quem é livre de
formalismos, é logo atacado e classificado como 'louco', pois o
normal é ser 'mera aparência', ser hipócrita.

A condição dos loucos: dignos de piedade e de temor. Os doidos
andam livremente pelas ruas – não eram recolhidos aos hospícios
(lembrar que a proposta de Simão Bacamarte, no sentido de
um recolhimento dos alineados numa casa de saúde, em pleno
início de século 19, causa estranheza na população. É a alegoria
de “O Alienista” de Machado de Assis.)

Os insetos se comparam aos políticos, o médico é um aproveitador
dos males alheios, tudo é cercado de malevolência. O que cria uma
espécie de indivíduo cínico numa narrativa sarcástica, tal qual
aquele narrador brutal e lírico de “Cantos de Maldoror” de
Lautréamont.

Na Parte II, aparece uma nova luneta, já que a outra o próprio
Simplício logo quebrou ao observar-se ao espelho e descobrir
a própria maldade. Agora, após novas magias do tal armênio,
tem o protagonista-nmarrador uma luneta mágica que permite
ver o Bem. Esta dualidade leva o narrador a novas questões
metafísicas.

Será a luneta mágica a criadora de ilusões? Os que parecem
'maus' serão, na verdade, 'bons'? Há mesmo uma 'relatividade'
do que seja 'bom' e do que seja 'mau'? (O que conduz às
reflexões de F. Nietzsche, em “Sobre a Genealogia da Moral
e “Além do Bem e do Mal”), ou o Mal e o Bem existem dentro
de cada um de nós (somos todos meio médico e meio monstro,
tal qual Dr. Jekyll & Mr. Hyde, de Stevenson?)

Após o despedaçamento da primeira luneta, os parentes de
Simplício acampam ao seu redor. O mano Américo afirma que
o moço se libertou de uma “ilusão perigosíssima” e insiste em
continuar 'a ver e a pensar' em lugar do irmão míope. Até a
tia Domingas se manifesta, beata e comovida, a dizer que “a
salvação da minha alma, e a doce tranqüilidade da minha vida
teriam tanto mais segurança, quanto mais completa e
irremediável fosse a minha miopia, que me livrara de
enormes pecados
.” (II)

Simplício, após uma semana de repouso, finalmente desce
até a rua. A memória do povo: passou-se uma semana e os
'veredictos' já mudaram. Volúvel e caprichosa cidade! o seu
juízo se modifica, e até muda completamente com o volver
de alguns dias, e o objeto das maldições pouco a pouco
se torna objeto de simpatias. (VI) Não temem mais o 'louco'.
São até indiferentes. E ele começa a se indagar o que é
pior: ser foco das atenções ou passar como se invisível
diante da opinião pública. (Tem gente que considera a
fama acima de tudo: 'falem mal, mas falem de mim”!)

(A visão do Bem)

A luneta mágica, com sua 'visão do Bem' somente encontra o
lado 'bom' de cada um, Até muda a opinião sobre a 'fria' prima
Anica. Anica é um anjo de inocência e simplicidade, e ao mesmo
tempo uma senhora de juízo reto e de exemplar virtude. O que
eu julgara nela gelo do coração era virginal recato, o que eu
tomara por cálculo material e egoísta era a reflexão e a
sabedoria instintiva de uma mulher-modelo; zelosa, sem ciúmes
rudes e ridículos, econômica sem vileza, amante sem paixão
em delício, serena, complacente, dedicada, livre do amor da
ostentação e do luxo, de costumes simples, estremecida pela
família paciente, suave, meiga, Anica é a mulher que reúne
todos os dotes para felicitar o homem que for seu esposo
. (II. V)

Também a Tia Domingas é boníssima. A tia Domingas era
a devoção, a piedade personalizada. Aos pobres negava
esmola
à nossa vista, e semeava benefícios às escondidas: era a
caridade do evangelho, o bem que fazia, só ela o sabia, e
quando rezava, mais vezes suas orações eram por seus
parentes e pelos estranhos, do que por si. No governo
da casa economizava para matar a fome à indigência,
e imaginava mil pretextos para ter mais que dar, e
encobrir o que dava.
(II. VI)

O irmão Américo é um sujeito honesto. Eu fora o mais vil
ingrato se desconhecesse o que devo ao mano Américo.
A visão do bem acaba de mostrar-mo tal qual ele é. A sua
prudência e sabedoria igualam à sua dedicação fraternal,
e aos escrúpulos de sua probidade.
(II. VI)

Assim, Simplício passa a observar tudo novamente. O que se
mostrava mau, agora se mostra bom. Ele vê somente o Bem
(assim como antes ele via apenas o Mal) E ao ver apenas o
Bem, o narrador se sente 'feliz'. Está agora iludido pelo
'supremo bem'. Se com a 'visão do Mal' até a beleza da
aurora tem um tom sombrio, agora, com a 'visão do Bem'
até um bordel (dito teatro, casa de diversões) mostra-se um
lugar de benefícios.

Que injustiça fazem ao Alcasar Lírico: vi nele o contrário do que me informavam! Vi nele o ponto de reunião de todas as classes da sociedade, o jubiloso recurso de entretimento para os homens pobres que não podem pagar outro menos barato, e para as mulheres que degradadas pelo vício são repelidas da boa sociedade; vi nele a mais eloqüente escola de moralidade pública pela exposição ampla e quase sem medida do comércio imoral e repugnante das criaturas desgraçadas que tem descido à última abjeção: melhor que as teorias e os conselhos de um pai austero, falava ali à mocidade o exemplo vivo dos perigos e das torpezas da devassidão. O Alcasar me pareceu enfim uma bela instituição filantrópica e filosófica, a Ética de Jó ensinada pelas antíteses, a ostentação da grandeza da virtude pela observação da baixeza do vicio.
Não pude compreender a razão por que o governo do Brasil ainda não concedeu subvenção ou loterias anuais para auxílio deste admirável teatro lírico francês!
(II. VII)
Ironias à parte, no 'teatro lírico' (o bordel) Simplício se apaixona
pela beleza e pela 'bondade' de uma jovem prostituta, Esmeralda,
que (segundo a 'visão do Bem') sofre com sua própria decadência.
Ela seria uma 'madalena': uma pecadora cheia de remorsos,
ainda sendo possível sua 'redenção'. “(...)despertando no meio
da perversão, Esmeralda teve remorsos, detestou sua vida, foi
mil vezes desgraçada; desejou amar e ser amada, como ama e
é amada a senhora honesta; era porém tarde: o mundo já tinha
marcado a sua fronte com o sinal negro da reprovação perpétua.
Então principiou para a mísera a vida do frenesi a que o desespero
preside."
(VII) E, subitamente, o narrador está diante de um 'dilema':
vai se envolver com a virtude (a prima Anica) ou com o vício
(a tal Esmeralda)?

Assim, se Simplício foi prejudicado pela 'visão do Mal', agora
será iludido pela Bondade de todas as pessoas. Ele se julgara
amando e sendo amado, será generoso pois todos são
generosos (empresta dinheiro e faz doações, sem esperar
retorno – e realmente, ninguém paga-lhe as dívidas), é gentil
pois todos são gentis (e não hesitam em ofendê-lo assim que
ele vira as costas) Aqui, é impossível não lembrar o Príncipe
Michkín, de “O Idiota” (1868), de F. Dostotiévski, que é incapaz
de se proteger da malícia alheia, simplesmente porque não
possui malícia em si-mesmo. É um ser ingênuo. (Tal qual o
'Ingênuo' do conto de Voltaire, que 'peca' pela sinceridade)
A 'visão do Bem' desvela, descortina, descama um outro
Nunes (aquele velhaco de antes): um homem zeloso, correto
pai de família, do qual Simplício abraça a amizade, e vem a
conhecer a filha Nicota, e obviamente vai acabar se
apaixonando (toda mulher agora é uma santa e uma deusa!)
A dúvida angustiante: qual das três mulheres divinais ele vai
desposar? Quem vai escolher: Anica, Esmeralda ou Nicota?
(Mas de repente, ele se sente atraído pela sedução de
outras 30 damas, e acha que todas estão também
apaixonadas por ele!)

Simplício não percebe que a 'visão do Bem' nada mais
é do que aquilo que ele QUER ver! Pois até a 'casa de
Correção' – a cadeia pública – é uma instituição perfeita!
Mas também vê os presos como injustiçados, começa a
nutrir pensamentos revolucionários, mas ao dobrar a
esquina e encontrar as autoridades – advogados, juízes –
julga que todos são justos, justíssimos! Como conciliar essa
contradição? Podem os presos serem injustiçados, se os
merítissimos são homens honrados?

A 'visão do Bem' é realmente mais uma ilusão ao mostrar
que tudo é BOM! Logo, o protagonista descobrirá que cada
lente até então nada mais que 'parcializou' a visão – criou
distorções e exageros – uma mostra tudo perverso, outra
um mundo perfeito. A lente ideal – a nova que o tal armênio
prometia – seria aquela capaz de equilibrar as duas visões,
compensar o Mal como Bem, e vice-versa, e mostrar assim
que todos são – AO MESMO TEMPO – 'bons' e 'maus',
médicos e monstros.

A visão do Bom Senso: nem Bem nem Mal. A filosofia de
Aristóteles: a sabedoria está no mediano. Também lembramos
os conselhos do pai de Robinson Crusoé, na obra de Daniel
Defoe, ao dizer que a infelicidade está nos extremos, ser rico
ou ser pobre, pois na 'classe média' é que está o lugar mais cômodo.
Um filosofia (e hábito) cômoda de viver, sem extremar
as visões, sem julgar pelo aparente, sem julgamentos
morais de terceiros, sem apedrejar antes de entender,
enfim, uma 'visão do bom senso', que , no entanto, não é
narrada! A visão do bom senso fica em segredo.

Não posso falar, não posso escrever, não posso dizer o que a visão do bom senso me está ensinando há um mês.
Quando o meu amigo Reis me desligar do juramento que fiz, escreverei o livro da- visão do Bom Senso.
Mas até lá... segredo.
(Epílogo, VI)

Jan/10

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